Desde seu surgimento enquanto estudo sistemático, durante a década de 30, a Geobiologia passou por várias mudanças em função das descobertas e o surgimento de novos fatores capazes de influenciar a saúde humana.
Hoje a Geobiologia não é somente um radiestesista procurando veios d’água com um pêndulo ou as linhas Hartmann com uma lobo antena ou dual rod, mas sim um processo que deve levar em conta diversas variantes que afetam a saúde dos moradores, tais como campos eletromagnéticos, o tipo de piso do local, a radioatividade ambiental, a qualidade do ar e os materiais utilizados na construção, para citar apenas alguns.
As grandes mudanças sociais ocorridas nas últimas décadas criaram uma gama de problemas antes inexistentes, fazendo com que a maioria dos métodos de reequilíbrio preconizados pelos estudiosos antigos perdesse sua eficácia em face da dimensão dos fatores encontrados atualmente.
As construções modernas cada vez mais apresentam desafios ao contrariarem os princípios básicos que nortearam por milênios a arquitetura, criando ambientes pouco ventilados, alterações do campo magnético natural. Tais projetos estão mais focados na economia durante o processo de construção do que na saúde dos que utilizarão o local. Nestas condições, o trabalho geobiológico também se torna a cada ano que passa mais complexo.
Um dos efeitos do que mencionamos é que muitos casos se tornam de solução extremamente difícil, quando não impossíveis de serem resolvidos por completo. O que força a tomada de medidas paliativas que, embora incompletas, permitem às pessoas uma convivência menos dolorosa com suas moradias. É lamentável, por exemplo, que nos dias atuais muitas vezes seja impossível alterar a posição de uma cama ou seu alinhamento simplesmente porque as dimensões do quarto não permitem tal empreitada, esta simples medida resolveria facilmente alguns problemas que de outra forma exigem processos mais elaborados.
Outras vezes, contudo, tais medidas são forçadas pela teimosia do cliente, que não quer de forma alguma fazer modificações sutis que poderiam lhe trazer benefícios mais duradouros.
Adiciona-se ao quadro que para a maioria das pessoas interessadas no tema em nosso país, a Geobiologia ainda é vista de forma distorcida, muitos não conseguem ainda atinar com sua real importância na vida moderna, alguns interessados desistem quando pensam no custo que acarreta o trabalho de um Geobiólogo profissional para equilibrar um ambiente, enquanto que a mesma quantia ou mais é empenhada em uma simples troca de cortinas ou na pintura dos cômodos da casa. Outros optarão por procurar profissionais mais baratos, porém por faltar a estas pessoas o discernimento para identificar profissionais capacitados, existe o risco real de se pagar por um trabalho incompleto que não faça nada além de gerar a ilusão de segurança no cliente, ou ainda de agravar o quadro existente com a colocação de componentes que longe de auxiliar, poder servir de antenas para problemas de natureza geobiológica.
Este último fator, presente também em países mais desenvolvidos, é bastante atenuado na Europa por exemplo pela maior difusão de informações sobre o tema.
Quando penso em alguns casos que presenciei, em que o ambiente influenciava negativamente todos os aspectos da vida dos moradores, e o quanto os mesmos foram beneficiados pelos métodos desta técnica, percebo que a aplicação da Geobiologia é de importância capital atualmente.
Hoje é primordial o uso de novos recursos, de novas técnicas que permitam trabalhar os casos acima mencionados, se o quarto não permite mudanças então é necessário o uso de novas abordagens e conceitos para contornar a questão, particularmente penso que o Geobiologia deve violentar o mínimo possível a arquitetura local e respeitar sua decoração, sem abrir mão da eficácia para isto.
Mas como nem tudo na vida são problemas, métodos mais flexíveis estão surgindo dos estudos de alguns pesquisadores que empenham seu tempo e suas reservas na solução de problemas domóticos. Só falta mudar um pouco a escala de prioridades e valores das pessoas.